segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Consumismo - Contrapublicidade - Exposição























Exposição de Contrapublicidade, inaugurada dia 1 no Colectivo Cultural Bacalhoeiro em Lisboa, vinda directamente de Madrid, é uma reacção contra à ofensiva do consumismo e da publicidade. Uma forma inteligente de reflectir criticamente sobre a paranóia do consumismo e dos lucros das grandes multinacionais. Não percas esta oportunidade de poder ver de que forma inúmeros criadores do design Europeu, baseados em Clássicos da Arte, nos fazem reflectir sobre aquilo que consumimos no quotidiano. A Exposição estará patente só durante este mês. Passar lá é só mais uma forma de inteligência e de dizer não a tudo o que barbaramente nos querem impor

Colectivo cultural Bacalhoeiro
Rua dos Bacalhoeiros; nº 125 Lisboa.

terça-feira, 29 de julho de 2008

terra

In "Terre Labouree", c.1923, Joan Miró


In The Ecologist, 2004.
1 What species is the nearest tree to your front door?
2 Is it native to your area?
3 How far away is your nearest mobile telephone mast?
4 How many of the items in your house could you make yourself?
5 Where is the nearest source of electrical power to your home?
6 What time did the sun rise this morning?
7 How many days till the moon is next full?
8 How many of the vegetables in your fridge could have been grown within 30 miles at this time of year (the ideal distance according to the National Association of Farmers' Markets)?
9 From where you are reading this, point north.
10 Name five resident birds in your area.
11 Name five migratory birds in your area.
12 Think of your most expensive possession. How many days would it keep someone living on a dollar a day alive?
13 When was your home built, who built it and where did the material come from?
14 What was on the site before your home was built there?
15 What is the name of the person that cleans your street?
16 What is the origin of your town/village/borough's name?
17 How many generations back in your family can you name an ancestor? And where did they live?
18 What is the source of your tap water at home? And what's in it?
19 How much water do you use at home each year?
20 When was the last time you borrowed something off a neighbour? And what was it?
21 How many bags of waste do you generate each year?
22 Where does your household waste end up?
23 What is the name of the person that collects your waste?
24 What percentage of that waste could be turned into compost?
25 What is the soil type in your area?
26 Name five edible plants in your region.
27 When are they best to eat?
28 From what direction do winter storms generally approach in your area?
29 What was the total rainfall in your area last year?
30 Where is the nearest bus stop to your house?
31 What spring wildflower is the first to bloom where you live?
32 When does it usually happen?
33 What is the furthest place you have walked to from your home?
34 When did you last talk to your postman / woman? And what is their name?
35 Where is your nearest nuclear power station? When did it last have an accident?
36 If the sea level rises 1 metre over the next 50 years, how much of your home will be submerged?
37 How far from your home is the nearest wilderness?
38 How many people do you know living within 500 metres of you?
39 When you flush the loo, where does the effluent end up?
40 What is your council tax spent on?
41 What was the predominant human activity in your area 100 years ago? 500? 1000?
42 Where is your nearest farmers' market and when is it held?
43 If money became worthless, how many days at home could you survive?
44 How many constellations can you see from your bedroom window? When did you last look?

sábado, 26 de julho de 2008

Quer ter menos produção? Use transgénicos!

Silvia Ribeiro26/07/2008

DEBATE ABERTO
Quer ter menos produção? Use transgênicos!
Em abril de 2008, a Universidade do Kansas publicou um estudo que demonstra, após analisar a produção do setor cerealista dos Estados Unidos durante os últimos três anos, que a produtividade dos cultivos transgênicos (soja, milho, algodão e canola) foi menor do que na época anterior à introdução de transgênicos.
Data: 23/07/2008
Recentemente, a Monsanto declarou à imprensa do México que a próxima publicação do chamado "Regime Especial de Proteção ao Milho", permitirá que a empresa inicie experimentos com milho transgênico. Que ironia histórica que esse regime, em vez de proteger o milho e seus povos, seja outro presente que o governo faz às transnacionais que privatizaram as sementes, chave de toda a rede alimentar e patrimônio camponês legado à humanidade. E o que é o cúmulo, produzem menos!O argumento das autoridades, dando suporte às idéias das empresas, é justamente que os transgênicos são necessários —apesar dos múltiplos impactos culturais, ambientais e para a saúde que implicam— porque aumentariam a produção agrícola. Um argumento que, diante da crise alimentar, tem sido acolhido por muitos outros governos e instituições. Contudo, essa afirmação é falsa.Em abril de 2008, a Universidade do Kansas publicou um estudo que demonstra, após analisar a produção do setor cerealista dos Estados Unidos durante os últimos três anos, que a produtividade dos cultivos transgênicos (soja, milho, algodão e canola) foi menor do que na época anterior à introdução de transgênicos. A soja apresenta uma diminuição de rendimento de até 10%. A produtividade do milho transgênico foi menor em vários anos e em outros igual ou imperceptivelmente maior, dando um resultado total negativo quando comparado às variedades convencionais. Também mostram menor rendimento a canola e o algodão transgênicos, segundo dados levantados em períodos de vários anos. (E em todos os casos as sementes são mais caras que as convencionais, ou seja que a margem de lucro dos agricultores também é menor).Este estudo confirma vários outros anteriores. Em 2007, a Universidade de Nebraska encontrou que a soja transgênica da Monsanto produzia 6% menos que a mesma variedade da empresa em versão não transgênica e até 11% menos que a melhor variedade disponível de soja não transgênica. Outros estudos, inclusive um do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em abril 2006, mostram resultados similares.Definitivamente, os transgênicos não são mais produtivos.A razão principal, explicam os estudos, é que a transgenia altera o metabolismo das plantas, o que, em alguns casos, inibe a absorção de nutrientes e, em geral, demanda maior energia para expressar características que não são naturais da planta, diminuindo sua capacidade de desenvolver-se plenamente.A explicação da Monsanto perante o estudo da Universidade do Kansas, foi que "os transgênicos não estão projetados para aumentar a produtividade". (The Independent, 20/4/08)Monsanto, Dupont-Pioneer e Syngenta, são as três maiores empresas do mundo em transgênicos, e também em todo tipo de sementes comerciais. A Monsanto controla quase 90% das sementes transgênicas e, juntas, as três controlam 39% do mercado mundial de todas as sementes e 44% das sementes sob propriedade intelectual.Por que, então, estas empresas —que também são donas das sementes híbridas não transgênicas— insistem em vender suas sementes que produzem menos e requerem mais agroquímicos? Em parte, porque elas também são grandes fabricantes de agroquímicos, mas principalmente porque todos os transgênicos são patenteados e, portanto, a contaminação passa a ser um grande negócio.As sementes híbridas também cruzam com variedades nativas. Mas são cruzamentos de milho com milho, diferente dos transgênicos, onde o cruzamento contamina com genes de bactérias, vírus ou qualquer outra espécie com a qual tenha sido manipulado. Mas a diferença fundamental para as empresas é que com os transgênicos a contaminação é um delito imputável às vítimas.Qualquer camponês ou agricultor que for contaminado ou que use as sementes transgênicas que comprou da Monsanto para plantar novamente (ou seja, que exerça o "direito dos agricultores") usa sua patente sem permissão e comete um delito pelo qual pode ser processado.A Monsanto já cobrou mais de 21,5 bilhões de dólares por meio de processos contra agricultores nos Estados Unidos (Center for Food Safety). Agora, acaba de iniciar um processo mais agressivo, contra toda a cooperativa de agricultores Pilot Grove Cooperative Elevador Inc. do Missouri. Segundo a Monsanto, a cooperativa não paga suficientes royalties. O agricultor David Brumback, que se autodefine como "fiel comprador" dos transgênicos da Monsanto há anos, expressa sua raiva e afirma que "para a Monsanto todos somos culpados". (CBS 4 Denver, EUA, 10/7/08). É isto que espera aos agricultores do Norte do México que pedem milho transgênico. E também àqueles que não querem esse milho, mas serão contaminados.Uma vez no campo, a contaminação transgênica é inevitável, é somente uma questão de tempo. As medidas contidas no vergonhoso "regime de proteção" que esgrimem as secretarias do meio ambiente e de agricultura do México (Semarnat e Sagarpa) não apenas são limitadas e ignorantes. Diretamente não fazem sentido, porque nunca serão repetidas em condições reais nos campos dos agricultores se for aprovado o cultivo comercial.Os chamados "experimentos" são outra falácia, como a Lei Monsanto (lei de biossegurança), para legalizar a contaminação generalizada e a caçada de agricultores promovidas pelas transnacionais contra os interesses do campo, contra o coração dos povos e às custas do patrimônio genético mais importante do México.Tradução: Naila Freitas / Verso Tradutores

Fonte: Agência Carta Maior/Brasil

segunda-feira, 7 de julho de 2008

BANCO DE TEMPO - Quer participar e criar uma (outra) forma de troca?






O Banco de Tempo
- Iniciativa do Graal -
O Banco de Tempo funciona da seguinte forma: qualquer investidor que esteja disposto a dar uma hora do seu tempo para prestar um conjunto de serviços, recebe em retribuição uma hora para utilizar em benefício próprio.Troca por Troca. Hora por Hora.

Exemplos de serviços:
Acompanhamento as crianças, aprender uma língua, um instrumento de música, bricolage, ajuda domestica, aprender a cozinhar, acompanhamento ao médico, ao cinema…

Se está interessado/a, curioso/a e quer saber mais, seja bem vindo/a para o jantar e o debate!!!

18 Julho, Mó de Vida

Programa:

19:00H

Jantar
Entrada Livre
Traz comida para partilhar

20:00H

Filme sobre o Banco de Tempo

Debate com a participação da Eliana Madeira do Graal

Mais informações:

Sobre o Banco de tempo:
http://www.graal.org.pt/projectos/BdT/bancodetempo.htm

Sobre o jantar e debate:
Mó de Vida
Calçadinha da Horta, 19 – Pragal - Almada
21 272 06 41
www.modevida.com
modevida@modevida.com

Como Chegar:
www.modevida.com/mapa_acessos.html

"À volta das aldeias..."

na Casa da Horta, Associação Cultural, Porto
8 a 27 de Julho

Entrada gratuita

"Cada vez mais se houve falar em desertificação. Talvez a mais grave seja a desertificação de aldeias e vilas do interior de Portugal. Fecham-se escolas primárias, os jovens partem para as cidades mais próximas, os apoios escassam, é difícil resistir.

O desenvolvimento local e sustentável das aldeias é urgente, porque anima a população local, cria postos de trabalho, evidencia potencialidades e colmata necessidades do local, ao mesmo tempo que o faz de uma forma sustentada, mantendo zonas verdes e selvagens.

Felizmente, também cada vez mais se houve falar em projectos e associações que põem em prática esse desenvolvimento. Sejam eles projectos levados a cabo por jovens locais (como a ALDEIA) ou por jovens lisboetas que foram da cidade para o campo (como o Centro de Convergência). Também há os que há volta das artes, animam a região, como o Centro de Residências Artísticas de Nodar e o Teatro da Serra de Montemuro. Há associações mais específicas, como a AEPGA, com um trabalho bastante importante na preservação do património cultural e natural mirandês. E há aqueles que embora fiquem por pouco tempo, pretendem Criar Raízes.

Todos os colectivos referidos vêm ao Porto apresentar o seu trabalho, debater a revitalização das aldeias rurais, mostrar os seus produtos. A par, apresentamos um ciclo de documentários sobre aldeias, pastores, moinhos e objectos do quotidiano rural, assim como uma exposição de fotografias de aldeias à volta do rio Paiva.

A Casa da Horta pretende com esta programação para o mês de Julho, que nos inspiremos, estejamos nós a viver na baixa de uma grande cidade, numa aldeia do interior, ou nos subúrbios de um meio urbano. Estão todos/as convidados/as!"

Organização:
Casa da Horta – Associação Cultural
Rua de São Francisco, 12A
4050-548 Porto
www.casadahorta.pegada.net
casadahorta@pegada.net
Tel.: 222024123 / 937267541

sábado, 21 de junho de 2008

Apropriação versus Preservação do património genético na agricultura / alimentação

Publicações:

"The threatened gene: food, politics, and the loss of genetic diversity", Cary Fowler and Pat Mooney, 1991.
http://www.etcgroup.org/upload/publication/pdf_file/572

"Saving the seed: genetic diversity and european agriculture", by Rennée Vellvé, GRAIN, 1992, Earthscan.
http//www.powells.com/biblio/62-9781853831508-0

"Lost crops of Africa: volume I: Grains", Noel Vietmeyer, 1996, National Academic Press.
http://www.nap.edu/openbook.php?isbn=0309049903

"Seed Savers' Handbook", Michel and Jude Fanton, 1993.
http://www.echobooks.org/

"Ten reasons why biotechnology will not ensure food security, protect the environment and reduce poverty in the developing world", Miguel A. Altieri, Univ. California, Berkeley and Peter Rosset, Food First/ Institute for Food and Developing Policy.
http://www.foodfirst.org/progs/global/biotech/altieri-11-99.html

"Why Biotech Patents Are Patently Absurd- Scientific Briefing on TRIPs and Related Issues", Mae-Wan Ho, Institute for Science in Society.
http://www.i-sis.org/trips99.shtml


Organizações / locais:

RAFI, Rural Advanced Foundation International
http://www.rafi.org

GRAIN, Genetic Resources Action International
http://www.grain.org/

Seed Savers' Network
http://www.seedsavers.net/

NS/S, NativeSeeds/Search
http://nativeseeds.org/

Food First
http://www.foodfirst.org

GMWatch
http://www.gmwatch.org/

UK Agricultural Biodiversity Coalition
http://ukabc.org

The Research Foundation for Science, Technology and Ecology (India) founded by Dr. Vandana Shiva in 1982.
http://www.navdanya.org

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Campos de colza contaminados com OGM proibidos

"Quinze parcelas de colza da sociedade Bayer Crop Science foram contaminadas na Bélgica por organismos geneticamente modificados (OGM) não autorizados na Europa, anunciou hoje o Ministério belga da Saúde Pública. "Esta contaminação é inadmissível", insurgiu-se hoje à noite o ministro valão da Agricultura e do Ambiente, Benoît Lutgen, num comunicado. "Trata-se de uma nova prova do carácter incontrolável das culturas dos OGM e da sua colocação no mercado", acrescentou Lutgen.

O ministro valão - a agricultura é regionalizada na Bélgica - anunciou que tencionava " utilizar todas as vias possíveis para exigir medidas compensatórias por parte da Bayer e fazer aplicar estritamente o princípio ´poluidor-pagador´".
A sociedade Bayer, especializada nomeadamente na melhoria das culturas, informou as autoridades belgas desta contaminação, que ocorreu durante a realização a 06 de Maio de uma sementeira de colza convencional, segundo um comunicado do Ministério.
"O lote de sementes convencionais foi contaminado por cinco por cento de colza OGM", precisa o texto. Um inquérito provisório feito pela multinacional indica que esta contaminação tem por origem um "erro humano".

Os campos onde a Bayer Crop Science fez os ensaios em questão estão situados em quatro instalações da Valónia (Sul da Bélgica) e na Flandres (Norte). Quinze mini-parcelas foram semeadas com o lote contaminado. A sociedade tomou "diversas medidas para impedir a disseminação das OGM não autorizadas", como o arranque e a destruição das jovens plantas. Segundo o comunicado, as plantas permaneciam no estado vegetativo na altura em que foram destruídas e por isso não tiveram tempo de florescer nem de produzir grãos. As parcelas ficarão agora sob controlo durante vários anos. O Ministério vai informar a Comissão Europeia e os outros Estados membros da situação e das medidas tomadas."

Fonte: Expresso/Lusa
clicar aqui

terça-feira, 3 de junho de 2008

TURISMO ÉTICO E SOLIDÁRIO

Clique na imagem acima e veja o vídeo de Turismo Ético na Amazónia

A actividade turística, da forma como tem sido desenvolvida, tem-se revelado profundamente devastadora para as comunidades dos países receptores, suas culturas e tradições, e para o meio ambiente. Além disso, tem ajudado a aprofundar as desigualdades socioeconómicas entre os países do Norte (mais ricos) e os do Sul do planeta, já que os lucros gerados em quase nada beneficiam as comunidades locais.

O Turismo é um produto com características únicas, pois quando o consumidor adquire uma viagem não está a comprar algo fisicamente palpável. Na verdade, está a comprar sonhos e ilusões.
Aí incide parte da estratégia da maioria dos operadores turísticos cuja preocupação é proporcionar o paraíso aos clientes, sem qualquer rigor na informação ou aprofundamento das questões referentes aos aspectos sociais, políticos e culturais.

Indo mais além, no actual cenário económico mundial o Turismo possui as seguintes características:
- É o sector de mais rápido crescimento da economia mundial. Portanto, os países subdesenvolvidos tentam atrair investimentos estrangeiros sem qualquer critério, considerando que o seu potencial pode gerar milhões de dólares com relativa facilidade
- Dominado pelas grandes empresas transnacionais;
- Pacotes "tudo incluído" pagos na origem;
- Quando utiliza mão-de-obra local, pratica uma política de baixos salários sem garantir um mínimo de estabilidade;
- Mercado extremamente competitivo, onde os factores preço, criação de ilusões (promessa de lugares de sonho, exotismo, etc.), são tidos em conta em detrimento de outros aspectos que exigiriam um trabalho mais aprofundado de pesquisa e informação ao consumidor de viagens;
- Fortes campanhas de "marketing" promovidas por estes grandes grupos, dirigidas somente ao bem-estar do turista, provocando:- Fraca consciencialização do turista para os problemas sociais, ambientais, políticos e económicos enfrentados pelas populações que os recebem;- Perda das identidades culturais locais através da criação de estereótipos adequados a um ou mais mercados emissores.
- O já referido consumo de culturas exóticas, praias paradisíacas e hotéis de luxo é altamente direccionado para os países do 3º mundo - América Latina, Ásia e África, cuja fragilidade da legislação potencializa o benefício unilateral das transnacionais.

Além disso, o Turismo é parte integrante dos programas de ajuste estrutural impostos pelo FMI e Banco Mundial, classificando-o numa estratégia de exportação como condição para realizar empréstimos.

Nesta lógica, os governos dos países devedores endividam-se para cumprir os seus compromissos mediante enormes investimentos em infra-estruturas turísticas como estradas, hotéis e outros. Os investimentos públicos nesta área somam mais de 800.000 milhões de dólares por ano em todo o mundo, equivalentes a 12% de todo o investimento mundial.
Paralelamente às condições impostas pelo FMI e Banco Mundial a OMC (Organização Mundial do Comércio) tomou outras medidas para liberalizar a economia mundial através do Acordo Geral sobre Comércio e Serviços que inclui as seguintes práticas:
- Facilita o investimento de empresas transnacionais na indústria turística dos países em desenvolvimento;
- Considera uma prática desleal de comércio a protecção das empresas nacionais e proporciona às transnacionais os mesmos benefícios destinados às pequenas empresas locais.

Outro tratado internacional que integra a indústria turística na economia global é o Acordo Sobre Medidas de Investimento Relacionadas com o Comércio, que elimina a exigência das empresas estrangeiras utilizarem matéria-prima dos países que as acolhe.
Mesmo do ponto de vista estritamente económico, à medida que estes acordos se vão implementando, nota-se que as remessas dos lucros efectuadas pelas empresas estrangeiras para os países de origem tendem a ser maiores que a entrada de capitais. Isto leva a questionar seriamente a afirmação que a globalização e liberalização do turismo produz riqueza, progresso social e preserva o ambiente.

Isto leva-nos a concluir que os poucos benefícios que as comunidades dos países receptores do 3º mundo têm com este tipo de desenvolvimento turístico são superados pelos danos causados. Sofrem com a imposição de uma indústria sobre a qual não têm controlo ou direito a opinar.
Embora uma mudança profunda possa somente ocorrer a partir de uma alteração radical, que leve a uma maior equidade nas relações comerciais entre os países do Norte e do Sul do planeta, podemos, felizmente, apontar para a criação e valorização de experiências que actualmente são uma realidade no mundo.

A alternativa ao modelo actual de relações comerciais praticado pela indústria turística emerge a partir da base estabelecida nos princípios do Comércio Justo - o TURISMO ÉTICO, RESPONSÁVEL E SOLIDÁRIO!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Inquérito I - a primeira experiência interactiva

No início do lançamento deste blogue foi colocado este inquérito sobre critérios no consumo de produtos alimentares cujos resultados estão em baixo apresentados.

Para visualizar melhor clicar em cima da imagem:

sábado, 10 de maio de 2008

Espaço público

Estão disponíveis on-line os resultados de um interessante estudo que pretendeu analisar a dinâmica do uso público de praças urbanas, onde se discutem as práticas que fortalecem a sua apropriação como espaço público de lazer, bem como as práticas que enfraquecem o uso desse espaço.

Para ler clicar em: "Praças e Lazer: dinâmica de uso e apropriação de espaços públicos..."

domingo, 4 de maio de 2008

Divulgações Início de Maio

6 de Maio, Grande Auditório da FCT/UNL, Monte da Caparica
às 9:00h
Seminário "Novas Obras Públicas: Desenvolvimento ou Subdesenvolvimento"
Entrada livre mediante inscrição: fctamb@gmail.com
Org.: FCTAmb; CPLEG; AEFCT; FCT; GEOTA; SERS /Apoios: CT; IPJ

8 de Maio, Fundação Serralves, Porto
das 17:00h às 19:30h
Conversas de Fim de Tarde: OGM – Organismos Genéticamente Modificados - Uma opção Sustentável?
Entrada livre mediante inscrição:226156587 / c.almeida@serralves.pt
Org.: LPN e Fundação Serralves

9 de Maio, Solar dos Zagallos, Sobreda - Almada
às 19:00h
Conversas sobre Consumo Responsável; Estreia do filme/doc “Agrovidas - Comércio Justo” e debate com Rafael Cezimbra Souza (Cealnor, assoc. produtores frutícolas, Bahia, Brasil).
Org.: Mó de Vida, IMVF, CMA (Quinzena do Comércio Justo)

9, 10 e 11 de Maio, Zona Ribeirinha de Odemira
Fórum Social de Odemira: ateliers, música, dança, seminários, debates, desportos, torneios, comida, teatro, fantoches, workshops.
Org.: Rede Social, Município de Odemira

10 de Maio, Solar dos Zagallos, Sobreda - Almada
das 11:00h às 18:00h
Dia Mundial do CJ: Teatro de Sombras, Filme “Agrovidas - Comércio Justo” e conversa com Rafael Souza, Mural, Piquenique, Gincana.
Inscrição gratuita: modevida@modevida.com
Org.: Mó de Vida, IMVF, CMA (Quinzena do Comércio Justo)

10 Maio, Príncipe Real, Lisboa
Dia Mundial do CJ: Tenda com banca/ actividade.
Para mais info.: 212720641
Org.: Cidac, Ecos do Sul, Mó de Vida

11 de Maio, Centro Social da Mouraria, Lisboa
das 14.30h às 19.30h
Oficina de material urbano reciclado; Banca informativa; Espaço para crianças; Música ao vivo; Visita à horta; Tertúlias; Jantar.
Org.: Gaia, Centro Social da Mouraria

12 e 13 de Maio, Mó de Vida, Almada
Encontros do Produtor (Cealnor) nas escolas.
Para mais info./ inscrição gratuíta: modevida@modevida.com
Org.: Mó de Vida, IMVF, CMA (Quinzena do Comércio Justo)

13 de Maio, Auditório A 102, Fac. Economia, Lisboa
às 18:00h
Debate sobre Economia Verde
Org.: Pdia; Apoio: Assoc. Estudantes Fac. Economia UNL

14 de Maio, Instituto Franco-Português, Lisboa
às 21:30
Debate sobre artigo de Dominique Baillard «Como disparou o mercado mundial dos cereais», integrado no dossier «Especulação, crise alimentar, motins da fome».
Org.: Institut Franco-Portugais, Le Monde Diplomatique

14 a 17 de Maio, Fórum Romeu Correia, Almada
Filmes, docs: selecção Cine'eco.
Para mais info.: 212720641
Org.: Mó de Vida, IMVF, CMA (Quinzena do Comércio Justo)

16 e 17 de Maio, Odemira
Encontro Hortas Vivas – Relações de Cidadania entre Produtores e
Consumidores.
Org.: Projecto Re.Ci.Pro.Co. - Programa Leader (INDE, TAIPA, Crl. e ProRegiões)

Resgatadores de frangos - pela soberania alimentar

Clique na imagem e veja o vídeo



sexta-feira, 25 de abril de 2008

VÍDEO Hortas Urbanas e Soberania Alimentar

Para ver o vídeo clicar em cima da imagem


O vídeo mostra a visita à horta urbana do Sr. Valentim situada no Pragal e o convívio posterior na Mó de Vida. Esta visita foi realizada no seguimento de outras visitas.

Citando o vídeo, "Entre as várias hortas visitadas agradecemos a disponibilidade dos amigos José Mariano, Paulo e Valentim. E à UMAR por nos emprestar a terra para semear sonhos e realidades."

Com "O Cio da Terra", música de Milton Nascimento e letra de Chico Buarque e ainda, o texto de Eduardo Galeano:

“Diz-me quanto consomes e te direi quanto vales. Esta civilização não deixa as flores dormirem, nem as galinhas nem as pessoas. Nas estufas as flores estão expostas à luz contínua, para que cresçam mais rapidamente. Nas fábricas de ovos, a noite também está proibida para as galinhas. E as pessoas estão condenadas à insónia pela ansiedade de pagar. Este modo de vida não é muito bom para as pessoas, mas é muito bom para a indústria farmacêutica. Os EUA consomem metade dos calmantes, ansiolíticos e demais drogas químicas que são vendidas legalmente no mundo; e mais de metade das drogas que são vendidas ilegalmente – o que não é uma “coisinha” à toa se considerarmos que os EUA contam com apenas cinco por cento da população mundial.” Eduardo Galeano

quinta-feira, 24 de abril de 2008

José Mariano na Rádio


"As hortas urbanas, outrora uma presença dominante na paisagem sofreram um período de abandono que culminou na perda de solos para urbanização. Hoje as hortas parecem recuperar algum espaço na cidade, podendo adquirir um papel importante como apoio a rendimentos familiares, alternativas alimentares e preservação de saberes e sabores. José Mariano, 38 anos, professor de Biologia-Geologia, formador na Agrobio e membro da Associação Colher para Semear, fala-nos da sua experiência e visão como hortelão-amador, sobre as hortas urbanas num contexto passado e actual."

Este é o mote inicial que situa a entrevista com José Mariano, para o Espaço Sociofonia do Programa de Rádio "Vidas Alternativas". De toda a longa e rica entrevista podem ouvir-se aqui várias partes onde está patente uma preocupação com a preservação das variedades locais e a transmissão do "saber-fazer".

Para entrar no programa de rádio e fazer download clicar aqui:
Vidas Alternativas

Citando a sinopse do programa: "O espaço da Sociofonia escolhe desta vez abordar a realidade social e humana de uma forma completamente transversal. Ambiente, qualidade de vida, consumo, organização e planeamento urbano, gestão de recursos aquíferos, abastecimentos, alimentação saudável. Onde cabe tudo isto? Nas hortas urbanas! Paula Tavares entrevista José Mariano da associação Colher para Semear. Ele é professor de Biologia/Geologia e agricultor de uma horta urbana completamente biológica. O recrudescimento desta prática antiga nos novos moldes do mundo de hoje. A realidade da horta na cidade com implicações holistas (aos 4’10”)."

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Contra-publicidade e artigos

Os “Ecologistas en acción” (http://www.ecologistasenaccion.org/) tiveram e continuam a ter um papel determinante no debate sobre os impactes ambientais e sociais ligados ao consumo excessivo e ainda, na crítica aos processos de produção e distribuição que lhe estão associados.

A elevada capacidade de intervenção tornou-se clara com a organização de campanhas de contra-publicidade e inúmeros artigos produzidos com "Consume hasta morir", em grande destaque nos últimos 4 anos.

Para ver contra-publicidade clicar: “Consumehastamorir”

Para procurar artigos sobre consumo / comércio justo clicar: “letra”

Para ler artigo sobre um consumo transformador clicar: “¿Y eso del consumo transformador?”